Recentemente, aqui em João Pessoa-PB, tivemos dois importantes eventos que simplificam bem como se pode fomentar a arte e a cultura de forma ampla e responsável.
O primeiro deles é o Festival
Mundo (www.festivalmundo.com.br), organizado pela moçada do Coletivo Mundo
(movimento Fora do Eixo), que teve agora sua sétima edição. Neste, tivemos a
constatação de uma ascensão organizacional que se dedica ao cenário de produção
artístico-cultural independente. O evento é caracterizado por uma conjuntura
interessante composta pela conexão (na dose certa) entre música, arte, novas
ideias, e, acima de tudo, uma postura sustentável da produção artística.
Neste ano fomos contemplados
com muita coisa boa! Começando pelo “carro chefe”, apresentações como as dos Móveis
Coloniais de Acaju, Camarones Orquestra Guitarrística, Reis da Cocada Preta e
Chico Limeira, demonstraram que “música boa é música nossa”.
Apesar de impasses
lamentáveis, o Festival Mundo mostrou que chegou em definitivo. Contando com
parcerias importantes, vem oferecendo a cada ano que passa, oficinas, palestras
e debates, amostras, feira cultural, sessões de cinema e muita, muita música de
primeiríssima qualidade. E o melhor, boa parte disso tudo é inteiramente gratuito,
o que evidencia a bandeira erguida pelo movimento.
Outro evento que vem ganhando
força é o Fest Aruanda (www.festaruanda.com.br) que coincidentemente também
em esteve em sua sétima edição. Este ano o evento aconteceu num dos cartões postais da
capital paraibana, o Tropical Hotel Tambaú.
O festival
dedica-se a contemplar àqueles que atuam, de uma forma ou de outra, na arte audiovisual
no âmbito universitário. Contando com o peso institucional da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB), através de alguns dos seus mais importantes centros
como o de Ciências Humanas, Letras e Artes e o de Comunicação e Turismo, o Fest
Aruanda é marcado por dois pontos essenciais: a qualidade sobressalente das
produções expostas; e o fato de ser totalmente gratuito. Além de sessões de
cinema, o festival oferece seminários e oficinas, contando com a presença de
nomes reconhecidos nacional e internacionalmente.
Muito me contenta ver eventos
como estes ganharem força e se mostrarem melhores a cada edição. Tanto o Festival
Mundo como o Fest Aruanda são exemplos práticos de que é possível oferecer
eventos de qualidade e, de certa forma, gratuitos para uma população que ainda
é carente de espaços que fomente a cultura de uma forma geral e igualitária.
Nosso povo é constituído de
seres multifacetados que se caracterizam principalmente pela alegria de viver (apesar dos perrengues do dia a dia).
Oferecer-lhes espaços, eventos, possibilidades de aprender, ensinar e
compartilhar, é o mínimo que se pode fazer.
Parabéns aos dois eventos que,
apesar das dificuldades inerentes, seguem firmes na expansão consciente da boa
e saudável cultura.
(Djavan Antério)
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