segunda-feira, 16 de abril de 2012

Assim é Numa Dança; Assim é Na Vida


Como numa valsa de celebração, na vida, dançamos de acordo com o compasso da música. Alguns sons, porém, destacam-se sobre os demais. Ora melhor ouvimos os amigos, ora àqueles, menos conhecidos. O importante é não deixar de dançar, mas sempre tentar, de alguma forma, aproveitar e extrair algo do momento.

Os acordes nem sempre são suaves, os conselhos nem sempre aceitáveis. Cabe então avaliarmos quem conduzirá a dança; quais serão os passos dados; como estabelecer uma relação de confiança. Porém é sempre bom lembrar que o improviso às vezes é uma boa saída.

Atente-se para o fato que mesmo estando cheio, o salão pode ser individualizado. Analise o espaço, trace suas linhas imaginárias e explore seu próprio metro quadrado. Ali é você e ela; ele e você; e ninguém mais. Preste atenção nos movimentos, conectando-se à musicalidade que complementa o espaço.

Lembre-se sempre que sua percepção, unida a uma devida atenção, poderá resultar não na melhor condução, mas na mais proveitosa sensação.

Sinta o outro corpo envolto ao seu, a respiração que levemente se evidencia próximo ao rosto, ao pescoço. Talvez aconteça de sentir o tocar da pele. Caso isto se confirme, decodifique o que se passa e permita-se deixar levar pela explosão momentânea do que sente. Assim é numa dança; assim é na vida.

Muitas vezes somos displicentes com as sensações que se fazem presentes numa dança. Igualmente, muitas vezes somos negligentes com as informações que se fazem eloquentes em nossas vidas.

Sendo assim, nunca... nunca deixe de dançar!

(Djavan Antério)