sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Curtindo a Vida Adoidado, o Retorno de Ferris

Foi postado na web um teaser de 10 segundos de um dos filmes adolescentes de maior sucesso em todos os tempos: Curtindo a Vida Adoidado (original: Ferris Bueller's Day Off). Sabe aqueles filmes que você nunca se cansa de ver? Pois é... Particularmente é um clássico na minha vida!

Mas se você – independente da idade que tenha – não faz a menor ideia do que estou tratando aqui, das duas uma, ou não curte muito, filmes em geral, ou simplesmente não teve infância. (Assim, curto e grosso!)

Curtindo a Vida Adoidado é um filme do gênero comédia, dirigido por John Hughes, considerado por alguns como "o mestre dos filmes adolescentes dos anos 80". Sua estréia data do ano de 1986, mas ainda hoje é tido como uma espécie de filme heróico para os jovens da época.

Sucesso de crítica e público, o filme conta a história de um garoto que, fingindo estar doente, resolve matar um dia de aula com a namorada e um amigo. Munidos, nada mais, nada menos, de uma rara Ferrari 250 Califórnia, os três exploram a cidade em que moram no melhor estilo “curtindo a vida”. Eis o trailer original da época:


O pequeno vídeo publicado causou frisson numa legião de fãs nas redes sociais. Isso porque Matthew Broderick, o Ferris, “repete” uma frase clássica da versão original: “Como eu posso trabalhar em um dia como hoje?”


O problema é que este vídeo não passa de um corte retirado de um comercial da empresa Honda, que faz uma paródia do filme original em promoção de lançamento do seu SUV, o CR-V. Veja abaixo o vídeo com o comercial completo, dirigido por Todd Phillips, de Se Beber, Não Case!:


Pois é, fomos pegos por uma "pegadinha", de muito mau gosto, por sinal! O autor do "ato cruel" (provavelmente os próprios produtores do comercial), muito espertamente, ainda preocupou-se em ludibriar-nos citando apenas uma data, 5 de fevereiro de 2012. Só que a tal data é justamente o dia do Super Bowl (final do futebol americano). Pronto, foi o bastante para fãs mais ansiosos, assim como EU, cogitarem que no dia do evento poderia haver a divulgação mundial da sequência do filme que sempre fora descartada por Broderick. Mas não, será apenas o lançamento oficial do comercial! (Vale salientar que o intervalo do Super Bowl é um dos espaços mais caros da TV mundial).

Bem, a verdade é que, havendo ou não uma sequência, Curtindo a Vida Adoidado é e sempre será uma obra definitiva e insuperável no estilo. A veracidade das cenas de sala de aula, os diálogos fáceis e bem humorados, o jeito carpe diem de Ferris, ou a clássica cena que ele canta Beatles em um desfile na cidade, justificam o significado antológico do filme.

E falando em trilha, essa aqui é memorável:

Ao compilar os vídeos aqui expostos, fiquei meio perdido com tantos trechos clássicos disponíveis. Achei inclusive o começo do filme com a dublagem original da época:

Para finalizar esse meu “momento tietagem”, deixo aqui um trailer adaptado que achei bem bacana:

Agora vai me dizer que não deu vontade de correr no “carinha da esquina” e comprar o filme para ver ainda esta noite. Fala a verdade...

Save Ferris!!!
(Djavan Antério)

P.S. E se quiser saber por onde andam os atores desse clássico, clique aqui!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Olhando Para Trás


Quando penso no futuro, uma das coisas sobre a qual mais reflito é o passado. Paradoxo, não?! Tentarei explicar...

Ao pensar no futuro, imagino-me em alguns momentos olhando para trás, recordando um pouco de tudo do que fiz. E nestes instantes espero sentir-me orgulhoso de mim mesmo. Acredito muito que na vida, nossas reputações devem refletir nossas condutas, e vice-versa. É a velha história de que “plantamos para poder colher e colhemos aquilo que plantamos”.

Estou prestes há completar 30 anos. Pois é, trintão! Isto nada me assusta. Muito pelo contrário, às vezes me pego ansioso para chegar lá, poder me olhar no espelho e cumprimentar o “meu eu” mais velho. Obviamente isso não passa de um ato simbólico, porém entendo que, ao transpassarmos uma década de vida, é interessante pararmos e olharmos para trás. (Ultimamente venho fazendo isso ao final de todos os dias!)

Sobre o futuro, não sabemos muita coisa, pois ele, como sua própria essência representa, está além de nossas intervenções. Podemos sim planejar, traçar metas, rabiscar sonhos. O curioso é que, pensando de maneira mais filosófica, nunca chegaremos ao futuro, pois chegando a ele, não mais ele será! Sendo assim, o agora é o predominante.

Sem querer ser clichê, mas o sendo inevitavelmente, o presente é o que deve merecer a maior parte de nossa atenção. É nele que vivemos, é com ele que caminhamos. Metaforicamente falando, a roda da vida tem como principal engrenagem o presente, incansável e absoluto, sempre pronto para nos acolher.

E é por isso que tento caminhar conscientemente, sabendo que o agora é que está comigo; é com ele que devo contar; é a ele que devo dedicar minhas mais efetivas ações. Mais tarde, como se não bastasse conviver comigo todo o tempo, ele me recompensará com as lembranças, estando em sua outra roupagem, a de passado.

Quando penso no futuro, penso no passado. E isso só é possível por estar vivo, aqui, agora, desfrutando do presente.

No futuro, quero poder olhar para trás e pensar baixinho: “Valeu, Dja, mandou bem!”

(Djavan Antério)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Bons Ventos


Tenho poucas respostas
Para muitas perguntas

Porém, do contrário de algumas pessoas que aqui estão

E não param nem por um minuto

Queria oferecer-lhe uma boa conversa

Mesmo não sendo a pessoa mais indicada para isso

O fato é que, não importa onde estejamos

Sempre nos lembraremos daquele dia

A não ser que nos soltemos um pouco mais

Esqueçamos o que passou

Façamos isto, juntos

Eu, aprendendo com você, e você, aprendendo comigo

Não tenho dúvida

Hoje a vejo diferente

Percebo com maior clareza

Suas inúmeras qualidades

Por agora, sentemos aqui na areia

Contemplemos o balanço do mar e sua sonoridade sem igual

Quem sabe ele nos traga bons ventos

Afinal, é só do que precisamos

Bons ventos



(Djavan Antério)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Pequenas Ações

Neste final de semana vivenciei algo que muito me marcou. Coisa pequena, alguns até achem que pouca importância tem. Mesmo assim, penso valer a pena difundir aqui...

Como de costume, estava eu, vendo um showzinho em praça pública, “sozinho” (Ainda não tinha encontrado com os amigos). A verdade é que, quando gosto mesmo da atração, procuro ficar o mais próximo possível, de modo a apreciar melhor o artista e toda sua apresentação.

Em meio a uma pequena multidão, eis que esta ao meu lado um pai e um filho, com um pequeno isopor. Como quem não queria nada, mencionei para o filho, com lá seus 22 anos, que eu também gostava de levar minha bebida para alguns shows. Acho prático, cômodo, barato e, ainda por cima, consumo aquilo que gosto. O rapaz então me revelou que na verdade, aquelas cervejas eram para venda. No mesmo ato falei: “Ahhhhhh, beleza! Fazendo um extra, né?! Isso aê!” Ele sorriu e confirmou.

Começamos a conversar tomando umas e outras, curtindo a boa música. Então ele me revelou que estava ali, vendendo, mais por uma força maior, pois acabara de ter um filho com a namoradinha. Caio, o nome do guri.

Continuamos o papo e o show rolando. Percebi então que ele não havia vendido se quer uma cerveja. Pensei em comprar uma, só que, além de não estar bebendo cerva na noite, pareceria meio artificial. Foi aí que pensei, posso não comprar, mas posso fazer com que comprem.

Comentei com ele que seria bacana se tivesse algum cartaz ou algo do tipo. Ele então me confidenciou que tinha uma plaquinha no carro, mas não sabia se poderia usá-la ali, explicitamente vendendo, uma vez que existe toda uma burocracia para autorizar a venda de bebidas em eventos organizados pelo município. Algo assim...

Olhei para um lado, olhei para o outro e disse: “Vai logo pegar essa bendita placa, rapá!!!”. Depois de alguns minutos ele trouxe, já escrita. Nela estava: “Nova Schin, R$2,00”. Perguntei a ele se poderia apagar e escrever de outra forma. Com o seu consentimento, coloquei “Cerva Gelada, 2 Pila!”. E no cantinho escrevi “#caio”.

Disse rapidamente a ele que “Nova Schin” não era uma cerveja... digamos assim, atrativa. Sendo direto e informal, chamaríamos mais atenção. Se o cliente (Rsrs - O consultor!!) optar em não comprar, só irá fazê-lo depois que a cerva estiver em mãos. E isto se daria depois de ter sido espremido no percurso e sentido que a danada estava mesmo gelada. Aí, vamos ver se o gosto supera a vontade. Foi tiro e queda!

Em alguns momentos eu levantava a plaquinha, tentando divulgar para quem estivesse mais afastado. Veio então o primeiro, o segundo, o terceiro... até que lá pelo décimo, chega uma simpática garota e pergunta: “Mas quem é Caio?” Disse a ela que era o recém nascido do “meu sócio” e que estávamos ali vendendo basicamente por isso. Não deu outra, só ela levou cinco latinhas e indicou mais três amigos.

Com as cervejas acabando, comentei que se tivesse mais um isopor daquele, venderíamos fácil. O “sócio” então disse que tinha mais algumas latinhas no carro, mas achava que não daria tempo de buscá-las. Olhei pra ele e disse: “Oxe, corre lá, meu amiiiiiigo!!!”

Bem, vendemos absolutamente todas! E aí vem a parte mais forte deste pequeno relato. Com o show já terminado, ambiente mais tranquilo, o rapaz apresenta formalmente seu pai e me diz: “Brother, valeu aí. Isso aqui vai garantir o leite do Caio pelo menos por esta semana”.


Minha garganta travou na hora! A única coisa que consegui falar foi: “Que isso, foi um prazer. Lembranças lá pro moleque”. Dei-lhe um abraço, desejei tudo de melhor e fui embora.

Pois bem, sei que o que fiz foi pequeno, talvez até insignificante para alguns. Só que para mim, particularmente naquele dado momento, foi mágico!


Pequenas ações eternizam momentos.
Pequenas ações nos tornam maiores.

Não tenho dúvida que ações como esta, que se procedem naturalmente, sem nenhum tipo de interesse maior, contribuem para um mundo melhor. 


(Djavan Antério)