quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Olhando Para Trás


Quando penso no futuro, uma das coisas sobre a qual mais reflito é o passado. Paradoxo, não?! Tentarei explicar...

Ao pensar no futuro, imagino-me em alguns momentos olhando para trás, recordando um pouco de tudo do que fiz. E nestes instantes espero sentir-me orgulhoso de mim mesmo. Acredito muito que na vida, nossas reputações devem refletir nossas condutas, e vice-versa. É a velha história de que “plantamos para poder colher e colhemos aquilo que plantamos”.

Estou prestes há completar 30 anos. Pois é, trintão! Isto nada me assusta. Muito pelo contrário, às vezes me pego ansioso para chegar lá, poder me olhar no espelho e cumprimentar o “meu eu” mais velho. Obviamente isso não passa de um ato simbólico, porém entendo que, ao transpassarmos uma década de vida, é interessante pararmos e olharmos para trás. (Ultimamente venho fazendo isso ao final de todos os dias!)

Sobre o futuro, não sabemos muita coisa, pois ele, como sua própria essência representa, está além de nossas intervenções. Podemos sim planejar, traçar metas, rabiscar sonhos. O curioso é que, pensando de maneira mais filosófica, nunca chegaremos ao futuro, pois chegando a ele, não mais ele será! Sendo assim, o agora é o predominante.

Sem querer ser clichê, mas o sendo inevitavelmente, o presente é o que deve merecer a maior parte de nossa atenção. É nele que vivemos, é com ele que caminhamos. Metaforicamente falando, a roda da vida tem como principal engrenagem o presente, incansável e absoluto, sempre pronto para nos acolher.

E é por isso que tento caminhar conscientemente, sabendo que o agora é que está comigo; é com ele que devo contar; é a ele que devo dedicar minhas mais efetivas ações. Mais tarde, como se não bastasse conviver comigo todo o tempo, ele me recompensará com as lembranças, estando em sua outra roupagem, a de passado.

Quando penso no futuro, penso no passado. E isso só é possível por estar vivo, aqui, agora, desfrutando do presente.

No futuro, quero poder olhar para trás e pensar baixinho: “Valeu, Dja, mandou bem!”

(Djavan Antério)

Um comentário:

  1. Pois é, DJ! Essa é a essência mais cristalina da filosofia Zen, do Zen-Budismo, e outras verdades. Viva-se o Aqui-e-Agora!!!

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