sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

E o Mundo, Vai Mesmo Acabar?


Se acabar, que renasça de suas cinzas (como já o fez)
Se lave no brilhar de novas luas
Se aqueça em novos raios de sol
Transmita aos que vierem a história daqueles que aqui estiveram
Seus ensinamentos, seus acertos, mas, sobretudo, seus erros

Se acabar, que resurja integrando seu novo povo
Fazendo-o mais sereno, mais pacificador
Menos egoísta e mais amoroso
Que esse novo povo saiba valorizar o que tem em mãos
Desfrute de forma consciente e sustentável a maravilha concebida

Se acabar, que renove os conceitos, as perspectivas, as crenças
Fomente o valor da coletividade, do todo, do bem comum
Rompa obscuridades já em seu inicio
Faça-se ouvir não tendo que recorrer às catástrofes
Sinalize aos seus novos filhos que o caminho escolhido pode não ser o melhor

Se acabar, que desabroche em plenitude
Exploda em abundancia através de suas partículas
Registre e ensine desde cedo como é que as coisas devem funcionar
Certamente eles serão melhores, aprenderão mais rápido
Enxergarão a extrema riqueza que conclamará por cuidados

Se acabar, que reabilite as conexões entre tudo e todos
Deflagre um movimente em prol do bem
Transmita a energia suprema, a energia mãe
Aquela que move por meio do amor incondicional
Querendo, antes de qualquer coisa, a felicidade completa

Se acabar, que possa guardar lá no fundo as boas lembranças
Desvincule-se de qualquer tipo de rancor
Inicie uma nova era dando um passo de cada vez
Assim, quando tudo recomeçar, seremos novamente jovens
E aprenderemos que nada é para sempre

(Djavan Antério)

sábado, 15 de dezembro de 2012

Assim Todos Ficam Bem

Entrei no carro, fechei a porta, liguei o motor e, quando dou seta para direita, pára na vaga à minha frente, um carro recém saído da loja (note que está sem placa). Estaria tudo tranquilo, na perfeita harmonia terrestre se... a vaga não fosse direcionada à deficiente físico.

Não resisti e fiquei enrolando. A intenção era de pelo menos ver se o motorista seria ou não deficiente. É, não era! Tratava-se de um senhorzinho, lá pela casa dos 60, 65 anos. Ele desce do carro lentamente, olha para a chave com uma cara de quem estivesse ainda aprendendo a manuseá-la, trava as portas.

Continuando a não resistir, baixo o vidro e falo baixinho: “Oi senhor, viu que aí é vaga pra deficiente?”

Ele olhou meio no susto, deu uma disfarçada (como se não fosse com ele), pensou rapidamente em que responder e venho até minha porta: “Como é, meu filho? “, perguntou ele.

Eu, já achando a situação meio engraçada (era um senhorzinho que parecia ser bem gente fina), repeti: “Não, é que aí é vaga pra deficiente, o senhor viu?” Antes que ele pudesse responder, complementei: “Olha, eu tou saindo agora. Que tal dar uma rezinha e colocar aqui no meu lugar? Assim todos ficam bem!”

Ele então me olha nos olhos, mais tranquilo, e diz: “É, eu tenho uma dorzinha nas costas, mas é melhor tirar, né?!”

rsrsrs

Figuuuuuuuura!
(Djavan Antério)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Mundo Que Salta Aos (Meus) Olhos


Toda uma vida vivida
Singularidades aprendidas
Momentos compartilhados

Um legado construído
Conhecimentos transmitidos
Ensinamentos repassados

Preocupa-me apenas se o pouco que ensinei
Foi realmente assimilado, compreendido
Pois só assim a corrente continuará a se fortificar

Isso para que os erros não sejam os mesmos
E o mundo então seja melhor do que este
Que salta aos (meus) olhos
 

(Djavan Antério)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Quem Disse que Segunda-feira é o Pior Dia da Semana?



10 de dezembro de 2012, segunda-feira linda e brilhante aqui na “Terra do Sol”. Como de costume acordei cedo, preparei meu café e organizei o que faria no dia de hoje. Mas antes, quando dava aquele último gole de café contemplando a semana que acabara de começar, pensei: Quem disse que segunda-feira é o pior dia da semana?

Durante alguns minutos me dediquei a refletir de forma a advogar em prol desse dia que tanto é massacrado, denegrido, condenado por ocupar o primeiro dia da semana ativa que culturamente temos como período de trabalho.

Pois bem, cheguei a conclusão que é muito injusto a segunda carregar, sozinha, todo esse fardo. Sim, pois nenhum outro dia sofre esse tipo de bullying. E a justificativa para isso é simples, nenhum deles é segunda-feira:

- Terça é bacana porque já passou a segunda;
- Quarta é massa porque é dia de pelada com os amigos;
- Quinta já rola um happy hour;
- Sexta é sexta;
- Do sábado, “todo mundo espera alguma coisa...”;
- Domingão, apesar de morgado, é o dia de recarregar as baterias.
- Segunda... (Viiixe! Amanhã é segunda, é?!)

Ora, e se segunda estivesse no lugar da terça? Melhor, se ela fosse a consagrada sexta, um dos dias mais esperados por muitos. Mas tudo bem, vamos discutir segunda sendo ela mesma.

Tudo começa do começo, certo?! Partindo desse princípio, penso que o começo é um dos pontos mais importante de uma trajetória, de uma mudança, de um contexto. Segunda começo a dieta; segunda começo a treinar na academia; segunda começo a acordar mais cedo; segunda volto aos estudos; segunda vou ao médico; segunda ligo pra ela...

Tudo começa de algum lugar e, portanto, é normal que encaremos o começo o ponto mais difícil, o mais delicado, o que mais nos abala. Mas, se não fosse por ele, nada teríamos depois.

Acredito que aquela velha história de gostarmos do trabalho que temos também influencia. De fato, se pouco gostamos daquilo que fazemos, na segunda é o dia que temos de retomar tal atividade. E isso, sem dúvida alguma, colabora para o pecaminoso sentimento que se tem à segunda.

Esse ano tive a oportunidade de livrar a segunda da obrigatoriedade do trabalho. Pelo menos durante a manhã. Isso fez uma diferença danada. Não porque eu pude aproveitar o dia anterior até tarde, ou “acordar tendo o almoço como café”. Simplesmente começava a semana de modo mais tranquilo, sem o despertador, curtindo o iniciar do dia. Foi aí que comecei a aliviar a segunda de todo esse desgosto.

Hoje considero a segunda um dia muito especial. É quando começo um miniciclo; encaro meus afazeres; inicio minhas atividades. E acho que não estou sozinho nesse pensamento. Vejo a satisfação do trabalhador caminhando ritimamente com sua marmita, preparada com muito carinho por sua esposa. Percebo no bom dia das moças da padaria que, às 6:30 da manhã, já sorriem alegremente repassando o pãozinho fresco. E assim segue... no camarada do caixa; no vizinho aguando as plantas; no porteiro entregando a correspondência; na gentileza do motorista que cede a vez nesse trânsito louco...

É, me parece que o que torna os dias especiais não se resume ao que extraímos deles, mas sim a maneira que levamos e encaramos a vida.

(Djavan Antério)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Abrir os Olhos



Acordar cedinho acobertado pelos primeiros raios solares
Sentir lentamente o calor chegando
Misturando-se ao confortante frio da manhã

Abrir os olhos
Conectar-se ao mundo por meio dos sentidos
Ouvir, olhar, sentir que é mesmo a hora de levantar

Dobrar o lençol e guardá-lo junto aos travesseiros
Forrar a cama, lavar o rosto, escovar os dentes
Descer para buscar o pãozinho fresco saído do forno

Pôr água pra ferver
Enquanto isso um banho morno massageando a pele
Tudo com muita calma e paciência

Cafezinho preto na garrafa
Pão assado na chapa
Queijo coalho e ovos mexidos

Último gole contemplando o lindo dia que se inicia
Organizar o material a ser usado
Partir rumo ao trabalho

(Djavan Antério)

P.S. Os melhores momentos da vida são aqueles que usufruímos de forma completa, enxergando nos detalhes as riquezas extraídas. Obviamente nada está tão bom que não possa melhorar. Contudo, o agora já é uma dádiva. A questão é saber quando e como desfrutar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Gentileza é Tiro e Queda


Hoje pela manhã fui ao supermercado fazer compras. Quando saia, me deparei com uma pequena confusão no trânsito. Era um SUV desses mais novos, bonitão, branco (que tá na moda), parado com o pisca ligado, comprometendo quase que totalmente o fluxo dos carros. Já disse uma vez que essa prática deplorável é meio que corriqueira aqui em Jampa, mas...

Diante daquele reboliço todo, não contei conversa, fui até o carrão e gentilmente bati no vidro da motorista. Sorri, pedi licença e disse:

-- Hei, deixa eu lhe ajudar?! Olha, daqui eu consigo ver um vaguinha logo ali na frente, oh?! Chega lá... Aqui tá atrapalhando o pessoal que quer passar.

Ela olhou pra mim dos pés à cabeça, levantou os óculos de sol prendendo o cabelo e falou baixinho:

-- Meu Deus, esse pessoal não tem um pingo de paciência... Mas você tá sendo tão gentil em vir aqui falar comigo que tou até com vergonha... Deixa eu ir antes que passem por cima de mim!

Agradeceu, acionou o carro com um sorrisinho meio amarelo e foi lá, trazendo de volta a “paz mundial”.

Moral da história?

Não é porque a pessoa tá errada que precisamos chegar alterando pra cima dela. Na maioria das vezes, a gentileza é “tiro e queda”!

(Djavan Antério)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Noite Nostálgica


Imagine um filme, mais especificamente uma comédia (romântica, talvez) onde, num dado momento, a nostalgia, de forma saudável e prazerosa, tomou conta de tudo e de todos. Pois bem, retratarei um acontecimento que se deu ainda ontem, mas que perfeitamente se encaixaria num filme de #SessãoDaTarde.

O contexto resume-se a um bar no estilo pub, com sinuca, cerveja gelada, música da melhor qualidade e muita gente bonita. Em meio a isso, estava um grupo de camaradas que sempre se encontravam por ali, fazendo valer o intocável #DiaDosAmigos.

Entre uma cerva e outra; conversas que contemplavam vários assuntos, de futebol à astrofísica (acredite, rolou até astrofísica); uma jogadinha aqui e acolá; começa a tocar uma música que, por suas peculiaridades, chamou a atenção de muitos.

Era a danada rolando e boa parte da galera estranhando. Em especial, aquele nucleozinho de amigos que ali se encontravam religiosamente uma vez por semana, no mínimo. Um dos que estavam sentados à mesa, franze a testa e olha com desdém para a caixa de som. Outro, em comunicação visual com aquele, balança a cabeça em sinal de negativa. O que está imediatamente ao lado, pergunta que som era aquele que tava rolando (mas sabendo quase exatamente qual era). Os dois que jogavam sinuca deram uma pequena pausa para cochichar algo e apontavam para o dono do bar, que sorria cinicamente, tirando uma onda.

A música continuava rolando e os caras gradativamente incorporavam o que dela emergia. O da testa franzida balançava lentamente a cabeça, como se dançando. O amigo, que antes negativava, batia com a mão na mesa empunhando um cigarro, ritmado com a melodia da dita-cuja. Aquele que perguntara de que som se tratava, cantarolava baixinho, quase sem mexer os lábios (para não dar na vista do povo). Em relação aos jogadores, um batia a ponta dos pés, também acompanhando aquela “trilha” que se evidenciava; o outro já até demorava a jogar, parecendo se recordar de alguma coisa que a música o remetia.

Surge então aquele #AmigoMaisAnimado, que havia ido ao banheiro, de braços abertos e com um sorrisão no rosto, fazendo todo o percurso de volta cantando em alto e bom som:

And Iiiiiiiiiiiiiiiii will looooooove you… babyyyyyyy… aaaaaaaaaaaaaaaaaalways
And Iiiiiiiiiiiii'll be thereeeeeee foreeeeeeeeeeeever and a day aaaaaaaaaaaaaaaalways


Tal atitude fez com que se desencadeasse uma corrente nostálgica de energia. Vale salientar que o mais novo dali tinha 27 anos. De forma natural e espontânea, o ambiente era contaminado, sobretudo, o núcleo dos #BonsAmigos. Dali pra frente, a coisa foi tomando maiores proporções. Um deles chegou ao mais animado perguntando (meio que afirmando):

-- Porra, isso é Bon Jovi?
-- Claro que sim, cumpade!

Outro chega e solta:

-- Tou ligado demais! Dançava com as menininhas nos “assustados” (festinhas onde as meninas levavam comida e os meninos “bebida”, muitas vezes “batizada”).

Abraçando os dois que ali já ensaiavam uma banda imaginária, outro começou a cantar sem errar a letra:

When he holds you close
When he pulls you near
When he says the words
You've been needing to hear
I'll wish I was him cause these words are mine
To say to you till the end of time


Injetando mais algumas doses de nostalgia, um dos caras da sinuca diz:

-- Meu, esse som tocava em uma novela da Globo, das antiga.
-- Claaaaaaro, “Quatro por Quatro”! (Disse o outro, todo empolgado.)

Com se não bastasse essa manifestação novelística, um sabichão fecha:

-- Siiimmmmmmm, era tema da Tati e do Bruno!

Todos caíram na gargalhada já com a rodinha formada em frente ao balcão, pois, naquela altura do campeonato, o dono do bar já havia aumentado o som, liberado umas doses de tequila e todos cantavam o clássico dos anos 90 no melhor estilo #DesafinadosBebados&Felizes

(*Olha só a interpretação da galera! - rsrs)

A boa nostalgia foi tamanha que a noite foi regada por outras músicas contemporâneas àquela. No final, com o bar já fechando, as cadeira por cima das mesas, o #NucleoDosAmigos se despiu dos donos do bar cantando em capela uma das figurinhas mais repetidas da MTV daquela época:


Bem que poderia ter acabado por aí, né?!

É, mas não acabou!

Às 2:30 da madrugada, sob uma garoazinha de fim de inverno e ainda dando uma palinha de Someday I'll Be Saturday Night, um dos camaradas pára subitamente de cantar. De repente, outro o acompanha no silêncio inoportuno para a noite que se desenhara. O terceiro não viu outra atitude, senão também calar-se. Aí, o único que persistia a cantar (incorporando o próprio Jon Bon Jovi), foi puxado pela camiseta e levado a enxergar o que estava bem ali, à sua frente.

Uma linda mulher, trajando um elegante vestido longo vermelho e com a maquiagem borrada – não se sabe se por conta da chuva ou das lágrimas que ainda pereciam escorrer dos olhos momentaneamente inchados. Ela, olhando direto nos olhos do “astro do rock”, segurava numa das mãos uma rosa e noutra, as chaves do apartamento.

Aquela visão bastou para que o “astro” recuperasse quase toda a lucidez e percebesse o mal que havia feito. Ele, já sozinho, dirigiu-se à linda mulher e disse:
 
--
...continua...
(Djavan Antério)

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Falando sério!


Não é tão difícil entender essa demanda estratosférica por uma vaga na política. De imediato, temos aí salários e benefícios que enchem os olhos dos menos preocupados com o bem coletivo. Em contrapartida, se pensados cautelosamente, tais benéficos provocam indignação, sobretudo daqueles que na mesa não têm sequer um pão.

Vejo segmentos profissionais serem tratados com omissão e puro desrespeito. Vejo pessoas humildes, com pouca instrução, caindo na lábia de crápulas com uma retórica de derrubar 747.

Basta alguns minutos vendo o horário político para constatar a briga por um espaço no “guarda chuva” de regalias da política brasileira. Chego a sentir náuseas em ver tanta gente mesquinha, que depois de assegurado seu lugarzinho nos gabinetes refrigerados, nada fazem por aqueles que mais precisam.

Não vejo a sinceridade no olhar; não me sinto seguro ao escutar palavras decoradas, lidas, voláteis ao sopro mais brando dos ventos da próxima estação. Sinto, nestes, é a sede pelo poder, pelo status, pela “vida boa”. Tudo isso assegurado pelo desleixo da própria máquina pública.

Uma vez ouvi alguém dizer: “Um dia, se nada der certo pra mim, vou ser político ou pastor”. Hoje temos é pastor querendo ser político!

O fato é que há uma distorção dos valores legítimos que compõem (ou deveriam compor) a esfera pública representativa. É duro, é revoltante, é trágico! Logo, como é possível ainda nos mantermos inertes a esse emaranhando obscuro de interesses particulares? Não seria o momento de indagarmos o rumo e a forma como a política vem sendo tangida?

Daí a relevância dessa menininha (do Diário de Classe), de pouca idade, mas de tamanha sensibilidade, em contestar a disparidade salarial destes “homens de preto”, muito bem alinhados, com sorriso no rosto e de coração duro.

Queria ver essa procura toda se o salário de um vereador, deputado, senador... fosse equiparado a de um professor da rede pública de ensino. E não me venha com questões de responsabilidades. Eu, enquanto professor/cidadão/humano, não assimilo essa cultura da “política de qualquer jeito e a todo custo”.

Quer me representar? Faça por merecer, mantenha-se constante em suas argumentações e replique-as nas atitudes que devem, obrigatoriamente, corresponder ao interesse de toda uma população.

(Djavan Antério)

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Playing for Change (2)


Ontem me deparei com novos vídeos de um projeto que curto muito, o Playing for Change. Inclusive já havia postado sobre, AQUI MESMO!

Resolvi então fazer um “remake” para contemplar o que eles soltaram de mais atual. Se você não conhece, acesse o link que disponibilizei acima. Se já viu, não tem problema, a ideia é boa e a música melhor ainda!

Esta aqui é uma das “canções sagradas” do grande "Rei Marley", Redemption Song:



Aqui, outra do velho Bob, Three Little Birds. O curioso é que este vídeo, em particular, é recheado de brazucas. Se liguem aí!


Essa é uma das que mais gosto:


Para encerrar, vai aí um "ensaio aberto":


"Uma coisa boa sobre a música é que quando ela bate você não sente dor." (Bob Marley)

(Djavan Antério)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Riscos


Talvez a dose colocada tenha sido demais
Ou ainda, a bebida não seja a que mais aprecia
Bom seria se explanasse o que realmente lhe agrada
Isso porque não tenho como decifrar, assim, tão cedo

As possibilidades são amplas

Os efeitos são variados
E assim como eu, você também pode embarcar
Lançar-se nesse turbilhão de certas incertezas

Penso que a firmeza do entrelaçamento dos dedos nos ajude

Ao menos garanta uma confiança superficial
Que pode já ser suficiente...
Ou não

Mas é aí que me sobressaiu

Dando alguns passos sem ter a nítida visão do que está à frente
Digamos que deixo meu instinto me conduzir
Estando plenamente consciente do risco que posso correr

Riscos, quem não corre não vive!


(Djavan Antério)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Em Tempos Assim...


Eu... eu sou uma estrada de mão única
(Escoando em diferentes direções)
Sou uma estrada que leva pra longe
(Não o suficiente para me desprender)
E segue você de volta pra casa
(De onde nunca deveria ter saído)

Eu... eu sou um poste aceso
(Que ilumina o suficiente para enxergar o que tem logo a frente)
Sou uma luz branca ofuscante
(Que nem sempre clareia o óbvio)
Piscando sem parar
(Parando sem piscar)

Em tempos assim, você aprende a viver de novo
(Prestando atenção nos detalhes)
Em tempos assim, você se entrega e entrega de novo
(Até que a entrega seja completa)
Em tempos assim, você aprende a amar de novo
(Mas de uma forma diferente)
Tempos assim vivem se repetindo
(Cada qual de sua maneira)

Eu... eu sou um novo dia nascendo
(Que em seu esplendor tenta ser mais bonito do que era antes)
Sou um novo céu
(Mais amplo, mais definido)
Pra sustentar as estrelas de hoje à noite
(Que nada cobram pelo brilho que emitem)

Eu... eu estou um pouco dividido
(Incompleto, imperfeito)
Devo ficar ou fugir pra longe
(Ora sei, ora não faço a menor ideia)
E deixar tudo isso pra trás?
(Talvez esse seja o melhor caminho!)

Em tempos assim, você aprende a viver de novo
(Prestando atenção nos detalhes)
Em tempos assim, você se entrega e entrega de novo
(Até que a entrega seja completa)
Em tempos assim, você aprende a amar de novo
(Mas de uma forma diferente)
Tempos assim vivem se repetindo
(Cada qual de sua maneira)


 (Capa: Foo Fighters - One By One, 2002)
 
Dave Grohl
(Djavan Antério)