Na fila da padaria...
“Boa tarde, tudo bem?! Me vê aí dois reais de francês e esses pãezinhos de queijo que ainda tem aqui, por favor.”
Ouço então uma voz meio rouca, baixinha, delicada: “Ai, fiquei sem meu pãozinho de queijo!”
Virei disfarçadamente e me dei com uma doce velhinha. Cabelos brancos, lisos, com um cocó meio querendo se desfazer, uma manta de renda por sobre os ombros, usava pequeninos óculos de grau e segurava uma carteirinha surrada de couro. (Lembrei muito da Dona Benta, Sra. Doubtfire, sei lá...).
Disse a ela que poderia ficar com os pãezinhos que não haveria problema. Ela não aceitou! Disse então que poderíamos dividir (daria uns 4 pra cada). Ela então me olhou meio envergonhada e disse: “Precisa não, meu filho, é que sempre que venho aqui, peço um pãozinho desses pra provar (hihihi)... É só tradição mesmo!”
Aí eu: “E a senhora acha mesmo que eu seria capaz de quebrar uma tradição dessa?” Peguei um guardanapo e dei-lhe seu “pãozinho-de-queijo-de-cada-dia”.
Ela sorriu!
Ouço então uma voz meio rouca, baixinha, delicada: “Ai, fiquei sem meu pãozinho de queijo!”
Virei disfarçadamente e me dei com uma doce velhinha. Cabelos brancos, lisos, com um cocó meio querendo se desfazer, uma manta de renda por sobre os ombros, usava pequeninos óculos de grau e segurava uma carteirinha surrada de couro. (Lembrei muito da Dona Benta, Sra. Doubtfire, sei lá...).
Disse a ela que poderia ficar com os pãezinhos que não haveria problema. Ela não aceitou! Disse então que poderíamos dividir (daria uns 4 pra cada). Ela então me olhou meio envergonhada e disse: “Precisa não, meu filho, é que sempre que venho aqui, peço um pãozinho desses pra provar (hihihi)... É só tradição mesmo!”
Aí eu: “E a senhora acha mesmo que eu seria capaz de quebrar uma tradição dessa?” Peguei um guardanapo e dei-lhe seu “pãozinho-de-queijo-de-cada-dia”.
Ela sorriu!
(Djavan Antério)