terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Chegue Mais


Puxa, me puxe, me derrube se puder
Saca, me saque, tou aí para o que vier
Não me descuido em nenhum momento
Por isso seja ligeiro em seu movimento

Mas se quiser ajudar, seja bem vindo
Não sou de negar, sou de aceitar e ir seguindo
Presto apenas muita atenção
Até no presente dado de coração

Medo, melindre, desconfiança?
Não, apenas cuidado de quem tem lembrança
Pois sempre procurei aprender
Inclusive com aqueles que já fiz sofrer

Chegue mais, me olhe de perto
Se preciso for, mostrarei quem está certo
Se porventura errado eu estiver, admitirei
Mas ainda sim lamentarei

Sou falho, imperfeito
Busco o melhor, sempre fazendo direito
Ora desequilibro, escorrego
Acerto muito no que não queria, logo quase sempre erro

Mesmo assim, chegue mais
Meu peito se abre e se refaz
Como num tango bem elaborado
Faço do compasso algo mais estruturado

Baterei perna até que eu ache o que procuro
Ainda que seja preciso derrubar meu próprio muro
Estarei desprotegido?
Sim, mas espero que até lá esteja muito bem acolhido

(Djavan Antério)

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