terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Atitudes Impensadas


Algumas atitudes são tomadas sem pensar!

Mas o “sem pensar” não significa, obrigatoriamente, “insensibilidade”. Sim, pois “sem pensar” é melhor apoiado pela “imprudência”, mas nunca pela “ausência de sentimentos”. Nesse caso, o instinto é algo extremamente valioso, apesar de solitário.

Instinto, de acordo com o significado normativo da nossa língua mãe, quer dizer “tendência natural, inata (não aprendida nem treinada), que determina o comportamento básico e fundamental de todos os animais de uma espécie, ou de um conjunto de espécies”.

Pois bem, se uma determinada ação, advinda de meus mais puros instintos, ressalta a avaliação prévia – e muitas vezes equivocada – daquele que pertence à mesma espécie que a minha, algo está errado.

É preciso lembrar que as interações sociais entre os humanos criaram uma variedade extremamente grande de tradições, rituais, normas sociais e éticas, leis e valores, que em conjunto formam a base da sociedade humana. Em contrapartida, é importante perceber que a cultura humana também é marcada por atos impulsivos, instintivos, impensados.

O Homo Sapiens, como espécie, tem como característica o desejo de entender e influenciar o ambiente à sua volta, procurando explicar e manipular os fenômenos naturais que o cerca.

Considerando isto, se nos manifestamos, se demonstramos um pouco daquilo que somos, daquilo que sentimos, não é correto simplesmente julgarmos, condenarmos uns aos outros. É inerente à nossa espécie tentar, interpretar compartilhar, interagir com o outro.

Em meu caso específico, a clareza do que sinto transparece o que de verdadeiro existe em mim. Posso até tentar fingir, disfarçar, desconversar, mas, para quem me conhece, a verdade está ali, nua e crua, estampada bem na minha face.

Portanto, se exponho um pouco dos meus sentimentos, é porque algo me move. E, para ser franco, muito me conforta tal exposição. Em todo caso, o mais importante é que a avaliação feita não seja precipitada, mas cuidadosamente realizada.

(Djavan Antério)

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