quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Relevar



Por muitas vezes me pergunto do que vale guardar algo que não nos faz bem. Ora, se não nos faz bem, por que sustentá-lo, alimentá-lo, deixá-lo ocupar parte de nós?

Somos seres capazes de ir e vir, de rir e chorar, de guardar e relevar. Sim, relevar, proporcionar alívio, atenuar o que intimamente nos incomoda.

Se pensarmos bem, muitas coisas podem ser relevadas, não esquecidas, mas relevadas, postas de lado por um bem maior, por um conforto que não tem preço. Às vezes pelo coletivo, mas na maioria, por nós mesmos.

Sentir-se bem é algo extremamente valioso. Deitar-se a noite, por a cabeça no travesseiro que já se projeta como uma parte de nós, refletir acerca do dia que passou, dormir uma bela noite de sono... Não tem nada no mundo que pague!

(Djavan Antério)

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